A demanda por carne caprina e ovina têm aumentado substancialmente nos últimos
anos e a região Nordeste do Brasil tem sido apontada como de grande potencial para
suprir essa procura através da produção intensiva. No entanto, o sistema de produção
adotado na maioria das propriedades rurais é semiextensivo ou extensivo, limitando
o fluxo constante de animais abatidos, entre outras causas, pelo fornecimento de
alimento oriundo da vegetação nativa de caatinga, abundante apenas na época
chuvosa. Desta forma, surge como opção o uso de forrageiras exóticas para formação
de pastagens cultivadas, em sistemas de pastejo mais intensivos de modo a garantir
produtividade constante.
O pastejo rotacionado é uma prática de manejo que consiste em alternar o uso do
pasto, pela divisão dos mesmos em piquetes, de modo a permitir que o animal utilize
o pasto por determinado período (15 dias) em função de sua qualidade e
disponibilidade. O período de ocupação é seguido por um período de descanso, que
serve para a planta repor nutrientes e produzir forragem para o pastejo dos animais.
Tanto período de ocupação como de descanso variam em função de aspectos ligados
ao manejo e a fisiologia da planta forrageira.
A princípio, qualquer planta forrageira tolerante ao pastejo pode ser usada
rotativamente. No entanto, quando pensase em intensificar a produção, a escolha daespécie forrageira deve obedecer alguns critérios: hábito de crescimento
preferencialmente cespitoso, porque essas plantas são mais produtivas e permitem
uma melhor penetração dos raios solares entre as folhas auxiliando no controle de
verminoses, que são um problema para a produção de pequenos ruminantes. O fato
de se escolher preferencialmente cespitosas, não exclui a possibilidade de uso de
gramíneas estoloníferas, como o capimgramão (Cynodon dactylon), no entanto,
gramíneas desse tipo são mais utilizadas em sistemas de pastejo em lotação contínua
e seu uso em pastejo rotacionado na região Nordeste ainda se encontra em estudo.
Outras características que devem ser buscadas na planta são: perenicidade, boa
aceitação pelo animal, bom valor nutritivo, tolerância a pragas e doenças. Na tabela 1
estão listadas algumas espécies e os períodos de descanso mais apropriados para seu
uso no pastejo rotacionado.
Tabela 1 – Períodos de descanso para algumas gramíneas cultivadas.
trabalho de pesquisa para produção intensiva de
carne ovina em pastejo rotacionado. Os resultados obtidos com capimtanzâni
(Panicum maximum), são de ganhos variando entre 3.600 e 4.800 kg/ha em taxa de
lotação com 40 e 60 cordeiros/ha, respectivamente, fazendo uso dos insumos:
adubação e irrigação.
A introdução de insumos é importante em sistemas de alta produção, pois esses
sistemas precisam de um aporte maior de nutrientes para serem sustentáveis. A
entrada de nutrientes e água (estrategicamente na época seca) pode ser então
utilizada para elevação da produção de forragem e, consequentemente, para o ganho
animal. No entanto, sendo o fator água limitante em muitos casos, uma opção que
surge para minimizar os efeitos de redução de densidade de nutrientes na época seca
é o uso de suplementos à base de ingredientes regionais, como feno de leucena e
raspa de mandioca, para garantir o atendimento das exigências nutricionais dos
animais mantendoos produtivos mesmo quando o pasto é escasso .
A opção pela intensificação da produção de carne ovina a pasto deve ser uma decisão
tomada pelo produtor rural levando em consideração benefícios e custos que o
sistema envolve. Os aspectos que foram abordados nesse artigo alertam para a
necessidade de uso de insumos e manejo correto do pasto (período de descaso e
período de ocupação), para a obtenção de ganhos que variam de acordo com a taxa
de lotação. Logo, planejar o sistema de produção é o passo inicial e fundamental para
que possa se obter sucesso na produção de carne caprina e ovina, sendo competitivo,
num mercado que a cada dia cresce mais.
tomada pelo produtor rural levando em consideração benefícios e custos que o
sistema envolve. Os aspectos que foram abordados nesse artigo alertam para a
necessidade de uso de insumos e manejo correto do pasto (período de descaso e
período de ocupação), para a obtenção de ganhos que variam de acordo com a taxa
de lotação. Logo, planejar o sistema de produção é o passo inicial e fundamental para
que possa se obter sucesso na produção de carne caprina e ovina, sendo competitivo,
num mercado que a cada dia cresce mais.
Comentários
Postar um comentário