PREVENÇÃO DE INFECÇÕES DE VERMES
UM ANIMAL QUE SOFRE DE UMA INFECÇÃO DE VERMES PERDE PESO E
FICA DOENTE E, MUITAS DAS VEZES, TAMBÉM TEM UMA BARRIGA INCHADA. OS ANIMAIS JOVENS
SÃO PARTICULARMENTE SUSCEPTÍVEIS A UMA INFESTAÇÃO COM VERMES GASTROINTESTINAIS,
TRANSMITIDA ATRAVÉS DA PASTAGEM. OS VERMES DESENVOLVEM-SE BEM SOB CONDIÇÕES
HÚMIDAS E QUENTES. LIMPEZAS REGULARES E CHÃOS DE ESTÁBULOS MANTIDOS SECOS
AJUDARÃO A PREVENIR-SE UMA INFECÇÃO. UMA CRIAÇÃO ESTABULADA (COM ALIMENTAÇÃO NO
ESTÁBULO) EM VEZ DO PASTOREIO AJUDARÁ A REDUZIR-SE O RISCO DUMA INFECÇÃO.
EVITAR O PASTOREIO EM ÁREAS HÚMIDAS, OU UTILIZAR CURRAIS MÓVEIS EM TALHÕES DE
PASTO LIMPOS. A DESPARASITAÇÃO É UMA PRÁTICA COMUM PARA OS ANIMAIS JOVENS, QUE
COMEÇA A PARTIR DE UMA IDADE DE DOIS MESES, COM UM TRATAMENTO QUE SE REPETE
CADA 3-4 MESES, ATÉ O ANIMAL ATINGIR, APROXIMADAMENTE, 2 ANOS DE IDADE. COMO A
MAIORIA DAS INFECÇÕES OCORRE DURANTE A ESTAÇÃO DAS CHUVAS, EM MUITAS REGIÕES SERÁ
ÚTIL APLICAR UMA VERMIFUGAÇÃO ANTES E DEPOIS DESTA ESTAÇÃO.
CONTROLE DE CARRAÇAS(CARRAPATOS)
AS CARRAÇAS OU CARRAPATOS PODEM CONSTITUIR UM PROBLEMA GRAVE,
PARTICULARMENTE SOB CONDIÇÕES DE PASTOREIO. AS CARRAÇAS SUGAM SANGUE E INFECTAM
O GADO COM DOENÇAS TIPICAMENTE TRANSMITIDAS ATRAVÉS DAS CARRAÇAS. HÁ MUITOS
TIPOS DE CARRAÇAS. EMBORA NÃO TODOS OS TIPOS TRANSMITAM DOENÇAS, COM CERTEZA
DEBILITAM O ANIMAL, DEVIDO À PERDA DE SANGUE QUE PROVOCAM. PARA ALÉM DISSO,
CAUSAM FERIDAS QUE PERMITEM ÀS BACTÉRIAS ENTRAREM NA PELE, LEVANDO A UMA PERDA
DO SEU VALOR
ECONÓMICO. AS CARRAÇAS TAMBÉM PODEM ATACAR O ÚBERE E CAUSAR A
PERDA DUMA TETA, PROVOCANDO ASSIM UMA REDUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DA VACA
LEITEIRA.
OS PRODUTORES AGROPECUÁRIOS DEVEM VERIFICAR QUAIS SÃO AS
MEDIDAS, PARA CONTROLAR DOENÇAS TRANSMITIDAS POR CARRAÇAS, QUE SE COMBINAM MELHOR
COM O TIPO DE CARRAÇAS PRESENTES NO SEU GADO. ISTO DEPENDE DOS TIPOS DE
CARRAÇAS PRESENTES NA REGIÃO, DAS CONDIÇÕES NA EXPLORAÇÃO AGROPECUÁRIA (RAÇAS
DE GADO, SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO), DOS CUSTOS E BENEFÍCIOS DAS MEDIDAS E
DOS SERVIÇOS VETERINÁRIOS DISPONÍVEIS.
FIGURA 11: CONTROLO DE
CARRAÇAS
DOENÇAS E PREVENÇÃO
SE UM ANIMAL APENAS TIVER
ALGUMAS POUCAS CARRAÇAS, ESTAS PODEM SER REMOVIDAS. À MÃO. ATUALMENTE, TAMBÉM
EXISTE UM MEDICAMENTO PARA CONTROLAR AS CARRAÇAS, APLICADO SOBRE A PELE COM
ABSORÇÃO EXCLUSIVAMENTE DÉRMICA (“POUR-ON”), E QUE PODE SER APLICADO
FACILMENTE. CONTUDO, NA MAIORIA DAS SITUAÇÕES É PRECISO UTILIZAR SUBSTÂNCIAS
QUÍMICAS ESPECIAIS: OS CHAMADOS ACARICIDAS. CONTUDO, COMO OS ACARICIDAS
NÃO DESTROEM APENAS AS CARRAÇAS, MAS TAMBÉM SÃO VENENOSOS PARA OS SERES HUMANOS
E O GADO, É MUITO IMPORTANTE MANUSEÁ-LOS COM CUIDADO E SEGUIR AS INSTRUÇÕES DE
USO FORNECIDAS PELO VENDEDOR. OS ACARICIDAS PODEM SER APLICADOS EM BANHOS DE
MERGULHO, EM SPRAYS OU ESPONJAS. SE O ANIMAL NÃO TIVER MUITAS CARRAÇAS,
DEVER-SE-ÃO APLICAR OS ACARICIDAS OU PYE-GREASE NAS PARTES DO CORPO
PREFERIDAS PELAS CARRAÇAS, PARTICULARMENTE NAS PREGAS DE PELE. EMPREGAR A
MISTURA APROPRIADA DO PRODUTO QUÍMICO E DE ÁGUA PARA O OBJETIVO ESPECÍFICO.
A FREQUÊNCIA DO TRATAMENTO
DEPENDE DO TIPO DE CARRAÇA, DA RAÇA DO GADO E DA ESTAÇÃO DO ANO. A FREQUÊNCIA
VARIA DE DUAS VEZES POR SEMANA PARA RAÇAS DE GADO EXÓTICAS, COMO SEJAM AS
FRÍSIAS, NAS REGIÕES ONDE HÁ TEILERIOSE (FEBRE DA COSTA ORIENTAL DE ÁFRICA), A
UMA VEZ POR CADA TRÊS SEMANAS PARA CONTROLAR CARRAÇAS BOOPHILUS QUE
TRANSMITEM A BABESIOSE E A ANAPLASMOSE. TAMBÉM DEPENDE DO SISTEMA DE
ALIMENTAÇÃO E DOS CONTATOS DOS ANIMAIS COM OUTRO GADO EXISTENTE NA ALDEIA. SE
UM ANIMAL SOFRER DE UMA DOENÇA TRANSMITIDA POR CARRAÇAS, DEVERSE- Á RECORRER A
ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA. FINALMENTE UMA SUGESTÃO PRÁTICA PARA O CONTROLO DE
CARRAÇAS: MANTER ALGUMAS GALINHAS VELHAS AO REDOR DO ESTÁBULO. PARA ALÉM DE
COLHEREM CARRAÇAS DO GADO EM DESCANSO NO MOMENTO DA ORDENHA, TAMBÉM SE OCUPAM
EFICAZMENTE DE QUAISQUER LARVAS DE INSECTOS OU VERMES QUE APAREÇAM NA PILHA DE
ESTRUME.
CONTROLE DA TRIPANOSSOMÍASE
A TRIPANOSSOMÍASE OU
DOENÇA-DO-SONO É UMA DOENÇA PROVOCADA POR PROTOZOÁRIOS TRANSMITIDOS PELAS
MOSCAS TSÉ-TSÉ. OS SINTOMAS SÃO ANEMIA (CARÊNCIA DE ERITRÓCITOS OU GLÓBULOS
VERMELHOS DO SANGUE), PERDA DE SAÚDE, ABORTO, INFERTILIDADE E, SE O GADO NÃO
FOR TRATADO, UM NÍVEL ELEVADO DE MORTALIDADE. A PREVENÇÃO E O CONTROLO DA
TRIPANOSSOMÍASE DEPENDE, PARCIALMENTE, DAS MEDIDAS EMPREGUES A NÍVEL NACIONAL,
INCLUINDO A ELIMINAÇÃO DAS MOSCAS TSÉ-TSÉ E A LIMITAÇÃO DOS CONTATOS ENTRE O
GADO, ANIMAIS SELVAGENS E AS MOSCAS. NUMA REGIÃO ONDE EXISTE O RISCO DE
CONTAMINAÇÃO POR TRIPANOSSOMÍASE, PODE-SE ADMINISTRAR UM MEDICAMENTO PARA
PREVENIR QUE OS ANIMAIS FIQUEM DOENTES. O MOMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E A DOSE DO
MEDICAMENTO SÃO MUITO IMPORTANTES, PORTANTO DEVE-SE SEGUIR, METICULOSAMENTE, AS
INSTRUÇÕES DE USO FORNECIDAS. PODE-SE EMPREGAR O MESMO TIPO DE MEDICAMENTO PARA
O TRATAMENTO DE ANIMAIS QUE JÁ SOFREM DA TRIPANOSSOMÍASE. SE FOR NECESSÁRIO,
PEDIR ASSISTÊNCIA A UM ESPECIALISTA.
PROBLEMAS DOS CASCOS
UMA VACA QUE TEM
PROBLEMAS DOS CASCOS PODE FICAR COXA, MAS, PARA ALÉM DISSO, TAMBÉM PODE TER UMA
DESCIDA CONSIDERÁVEL DA PRODUÇÃO LEITEIRA. OS PROBLEMAS DOS CASCOS PODEM SER
PROVOCADOS POR INFECÇÕES OU PELO CRESCIMENTO DEFORMADO DOS CASCOS. A PREVENÇÃO
CONSISTE NAS SEGUINTES MEDIDAS:
.
ESTABULAÇÃO HIGIÉNICA. É NECESSÁRIO
DISPOR DE CHÃOS LIMPOS, SECOS E BEM NIVELADOS. OS CHÃOS NÃO DEVEM SER
ESCORREGADIOS, DE MODO QUE SE DEVE FAZER COM QUE A SUA SUPERFÍCIE NÃO SEJA
DEMASIADAMENTE LISA.
.
NUTRIÇÃO. RECOMENDA-SE REALIZAR UMA
ALIMENTAÇÃO BEM BALANCEADA QUE CONTENHA SUFICIENTES ALIMENTOS GROSSEIROS, SEM
SE FAZEREM MUDANÇAS DRÁSTICAS. NO CASO DE SE TRATAR DUMA DEFICIÊNCIA DE ZINCO, PODER-SE-ÃO
MANIFESTAR PROBLEMAS DOS CASCOS.
.
APARAGEM DOS CASCOS. OS CASCOS
DEFORMADOS DEVEM SER APARADOS. PARA ESTE TRABALHO É NECESSÁRIO DISPOR-SE DE
APTIDÕES ESPECIAIS DE MODO QUE DEVE SER LEVADO A CABO POR UMA PESSOA
EXPERIENTE.
. PEDILÚVIO. SE OS
PROBLEMAS OCORREREM COM FREQUÊNCIA, PODER-SE-Á CONSIDERAR APLICAR UM BANHO AOS
PÉS COM UM DESINFETANTE (PEDILÚVIO).
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