O porcentual de fêmeas abatidas no rebanho brasileiro vem crescendo nas últimas duas décadas, conforme análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada ( Cepea/Esalq-USP ), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na semana passada.
Até 2002, o volume de fêmeas
abatidas frente ao total ficava abaixo dos 30%, mas, desde 2003, passou a
superar esse porcentual. Na média dos últimos 20 anos (de 1997 a 2016), as
fêmeas representaram 31,6% do abate total e, na dos últimos dez (de 2007 a
2016), 32,5%
Nos últimos cinco anos (de 2012
a 2016), a média vem se mantendo em 32,5%. Considerando- se a série do IBGE, o
pico de abate de fêmea foi verificado em 2006, quando representaram 37,1% do
volume total abatido no Brasil.
Já quando separadas as novilhas
das vacas, observa-se que, em 1997, as novilhas representavam 4% do abate total
anual, participação que apresentou tendência de aumento nos anos seguintes. Na
parcial de 2016 (primeiro semestre), as novilhas já representam 9% do abate
total, mais que o dobro em pontos percentuais comparativamente ao início da
série do IBGE.
Na média de 1997 a 2016, 6,6%
do abate total refere-se a novilhas, com o pico sendo observado em 2014, quando
representou 9,3%.
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